MNE chinês diz a Kuleba que Pequim respeita soberania de todos os países

23/09/2022

Os dois homens encontraram-se à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. Tratou-se da sua primeira reunião pública desde o início da intervenção militar russa, no final de fevereiro.

O encontro, susceptível de incomodar o Kremlin, surge numa altura em que a Rússia está a organizar referendos nas regiões da Ucrânia controladas total ou parcialmente por Moscovo.

Estes referendos, descritos como “simulacros” por Kyiv e pelos países ocidentais, marcam uma escalada do conflito.

“O presidente [chinês], Xi Jinping, enfatizou que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas”, disse Wang Yi ao homólogo ucraniano. “As preocupações legítimas de segurança de todas as partes devem ser levadas a sério”, acrescentou o governante chinês, referindo-se às preocupações russas com a expansão da NATO.

Os dois homens já tinham falado ao telefone, mas não se encontravam desde fevereiro.

A reunião parece assinalar o desejo de Pequim de equilibrar a sua posição no conflito, oficialmente neutra, mas, por vezes, vista como favorável a Moscovo pelos países ocidentais.

Wang Yi reuniu já esta semana, em Nova Iorque, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov.

“A China sempre se comprometeu a promover as negociações de paz, nunca ficando de braços cruzados ou a ‘atirar gasolina’ para a fogueira, aproveitando a situação para obter vantagens estratégicas”, disse Wang Yi.

No final do encontro, Dmytro Kouleba publicou na rede social Twitter uma foto sua a apertar a mão de Wang Yi. No fundo, surgem as bandeiras chinesas e ucranianas.

“O meu homólogo reafirmou o respeito da China pela soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como a sua rejeição do uso da força como meio de resolver disputas”, lê-se na mensagem escrita por Dmytro.

Pequim recusou-se a condenar publicamente a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, e criticou as sanções ocidentais, mas, esta semana, reiterou o seu apelo por um “cessar-fogo” na Ucrânia.

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