Medina "compreende" Marcelo, mas diz que cenário é de "volatilidade"
21/09/2022
O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta quarta-feira que compreende a questão levantada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relativamente às projeções macroeconómicas para o próximo ano, mas justifica que o cenário é de “muita volatilidade”, motivo pelo qual não foram ainda adiantados números.
“Compreendo a questão que o senhor Presidente da República colocou, como todas as que coloca que são muitíssimo relevantes. Estamos num contexto de muita volatilidade, todos os dias estão a surgir atualizações e novas projeções” que depois têm impacto cá, explicou o ministro das Finanças, em declarações aos jornalistas e transmitidas pela RTP3.
E prosseguiu: “Num ambiente de volatilidade temos que tentar obter a melhor informação possível em cada momento para podermos apresentar um cenário”.
O ministro das Finanças adiantou, contudo, que se prevê um cenário de “abrandamento” do crescimento económico face a este ano, mas sublinhou as “resiliências que a economia portuguesa construiu, que são fortes”.
Também o ministro da Economia, António Costa Silva, tinha já alertado para um abrandamento do crescimento económico, que poderá começar ainda na reta final deste ano.
Questionado sobre uma possível redução do IRS no âmbito do programa ‘Famílias Primeiro’, Medina explicou que a “diminuição do IRS cria efeitos no próximo ano, uma decisão hoje teria efeitos sobre os rendimentos do próximo ano”
“O apoio extraordinário que é pago com as receitas a mais que o Estado obteve, nomeadamente com o IVA” é um mecanismo “mais eficaz, mais expedito” para o “dinheiro chegar à mão das pessoas”
[Notícia em atualização]
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