Kyiv garante contraofensiva para breve pois já tem armamento suficiente

24/05/2023

Perante tal cenário, as autoridades ucranianas mantêm os apelos aos aliados para continuarem a fornecer armamento e munições a Kyiv.

“Muitos civis ainda estão sob ocupação russa e não se pode perder mais tempo. Já existe um mínimo de armas disponíveis. Tudo o que posso dizer é que o ataque vai começar em breve”, afirmou Kirilo Budanov, chefe dos serviços secretos do Ministério da Defesa ucraniano, numa entrevista à estação japonesa NHK.

Budanov sublinhou a necessidade de a Ucrânia dispor de “reservas significativas” de armas para continuar a operação, embora esteja confiante nas repercussões da recente cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais desenvolvidas) em Hiroxima, Japão. O representante espera que o encontro tenha ajudado os parceiros de Kiev a acelerar todos os mecanismos relacionados com os fornecimentos de armas e munições.

“Precisamos de mais armas”, afirmou Budanov, que disse esperar que a comunidade internacional esteja “pronta para ajudar efetivamente a Ucrânia nesta contraofensiva”, uma vez que poderá haver “combates pesados” durante um “longo período de tempo” face à capacidade de defesa da Rússia.

O que não desempenhará um papel “relevante” durante a próxima contraofensiva serão os tão aguardados caças F-16, como garantiu o porta-voz do Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos), Pat Ryder, que diminuiu as expectativas do lado ucraniano, assegurando que a entrega destes caças “é um compromisso a longo prazo”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ucrânia. Reino Unido diz que mais de mil militares russos deixaram postos


Opnião dos Leitores

Leave a Reply

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *



Faixa Atual

Título

Artista