Governo dos EUA empenhado em combater ódio contra muçulmanos

15/03/2023

“Neste dia, chamamos a atenção para pessoas em todo o mundo que são assediadas, detidas, presas ou até mortas por se identificarem, praticarem, se converterem ao Islão ou serem percebidas como muçulmanas. (…) Toda a pessoa, em todos os lugares, tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião e crença, incluindo a liberdade de mudar as suas crenças ou de não acreditar”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado.

Os Estados Unidos continuarão, segundo Blinken, a falar em nome daqueles a quem foi negada a capacidade de fazê-lo, sublinhando o direito à liberdade, individual ou em comunidade, de qualquer pessoa “manifestar as suas crenças na adoração, observância, prática e ensino”, em público ou privado.

“Numa altura em que os muçulmanos em todo o mundo se preparam para o mês sagrado do Ramadão, um período de jejum e dedicação às comunidades, vamos trabalhar aqui nos Estados Unidos e no exterior para combater esse ódio”, concluiu.

O Dia Internacional contra a Islamofobia assinala-se hoje pela primeira vez, numa altura em que as Nações Unidas (ONU) consideram que o preconceito contra muçulmanos atingiu “proporções epidémicas”.

A data comemorativa do Dia Internacional contra a Islamofobia – 15 de março – coincide com o quarto aniversário do massacre de Christchurch, na Nova Zelândia, onde 51 muçulmanos neozelandeses foram assassinados por um militante de extrema-direita.

De acordo com a ONU, islamofobia é um medo, preconceito e ódio aos muçulmanos que leva à provocação, hostilidade e intolerância através de ameaças, assédio, abuso, incitação e intimidação tanto ‘online’, quanto ‘offline’.

O dia internacional foi decretado pela Assembleia Geral da ONU no ano passado, após um relatório da organização concluir que a islamofobia atingiu “proporções epidémicas”.

O relatório da ONU, que teve por base questionários europeus realizados em 2018 e 2019, mostrou que quase quatro em cada dez pessoas tinham opiniões desfavoráveis sobre os muçulmanos. Já em 2017, 30% dos norte-americanos viam os muçulmanos “de uma forma negativa”, acrescentou o relatório.

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