EUA advertem Rússia de "graves consequências" se usar arsenal nuclear

21/09/2022

“Haverá graves consequências. Não apenas será um pária no cenário mundial, mas também haverá consequências graves”, disse um dos porta-vozes da Casa Branca, John Kirby, em declarações à estação televisiva ABC, na primeira reação de Washington às decisões hoje anunciadas pelo Presidente russo Vladimir Putin.

O porta-voz também interpretou a mobilização das tropas como “um sinal definitivo de que a Rússia está a sofrer” na guerra na Ucrânia e a perder terreno.

O Presidente da Federação Russa decretou hoje a mobilização parcial de 300.000 reservistas para a guerra na Ucrânia, medida que procura contrariar o que o líder de Moscovo designou de “chantagem nuclear” da NATO, que tem por objetivo “destruir” a Rússia.

Num discurso transmitido pela televisão, Putin também avisou que quem pretender “chantagear” a Rússia com armas nucleares deve saber que “a rosa-dos-ventos poderá voltar-se na sua direção”.

A mobilização segue-se à convocatória para a próxima sexta-feira de referendos de integração na Rússia das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, e nos territórios ocupados do sul da Ucrânia, nas regiões de Kherson e Zaporíjia, e que já foram condenadas por diversos países ocidentais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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