Esquema arrecada 3 milhões em Espanha. Líderes são de Portugal e Brasil

A denúncia feita por uma mulher vítima de uma fraude em La Muela, na província espanhola de Saragoça, deu início à operação ‘Faraós’, que colocou fim a uma organização criminosa que criou um esquema em pirâmide que permitiu aos líderes a obtenção de três milhões de euros, reporta o Vanguardia.

Segundo a versão da denunciante, em outubro de 2015 entrou em contacto com um anúncio nas redes sociais, em que se publicitava a aquisição de franquias multinível para ganhar dinheiro de forma segura e sem sair de casa.

A mulher decidiu entrar em contacto com os responsáveis pelo anúncio, tendo iniciado, depois, um curso de formação em marketing online, durante o qual ficou a conhecer os líderes do grupo em Espanha e Portugal.

Convencida da rentabilidade do negócio, a denunciante investiu cinco mil euros na aquisição de uma franquia que lhe conferiu, igualmente, uma posição na estrutura do grupo. Mas, também, para passar a deter novos franchisados enquanto “investidora” ou “promotora”- ou seja, figura que convida outras pessoas a aderir ao negócio, como fez um familiar seu que investiu um montante semelhante.

Portanto, ao contrário do esperado, nenhum dos dois obteve qualquer benefício derivado do seu investimento, pelo que acabou por apresentar queixa um ano mais tarde.

A investigação iniciada, entretanto, pela Guardia Civil de Saragoça concluiu que em causa estava um esquema em pirâmide que tinha já várias vítimas em território espanhol.

Durante as perícias, as autoridades obtiveram a identidade de várias pessoas que, atuando de forma coordenada e hierarquizada, executaram os embustes desde diferentes partes de Espanha, ainda que os seus dois principais líderes estivessem em Portugal e no Brasil, para onde foram desviados os fundos roubados.

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